Outro dia, ao abrir uma revista, li um pequeno artigo que comentava a seguinte frase do coordenador do curso de medicina da Universidade Federal da Bahia:
"O baiano toca berimbau porque só tem uma corda. Se tivesse mais, não conseguiria."
Ele estava atribuindo o baixo rendimento dos alunos da faculdade no Enade ao "baixo QI dos baianos". As palavras que o coordenador Antônio Dantas usou não só me surpreenderam bastante como também fez nascer em mim um sentimento de indignação. Indignação pela pouca valorização que é dada aos estudantes baianos. Em momento algum ele demonstra nessa frase que o rendimento precário no Enade pode ser devido à instituição onde estudam. Essa hipótese se mostra totalmente descartada. Devemos considerar também que uma instituição educacional que possui um coordenador que chama os próprios alunos de "burros" não deve mostrar resultados favoráveis em exame algum.
O incentivo para que os alunos de qualquer instituição educacional, seja ela de ensino superior ou médio, corram atrás dos estudos e se esforcem para terem um futuro estabilizado, deve partir principalmente dos funcionários e professores dessa instituição. E isso, o referido coordenador não demonstra.
Acho que cabe aos alunos não só dessa instituição, mas também de todas as outras baianas, mostrarem a esse 'coordenador' que eles têm potencial e podem chegar longe. Até mesmo com um coordenador que não valoriza seus próprios conterrâneos.
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